sábado, 27 de dezembro de 2014

Exercícios de Concursos sobre Bioquímica Clinica II

(FUMARC - Pref. Belo Horizonte/MG - Farmacêutico-Biomédico - Análises Clínicas. 2011) A infecção do trato urinário (ITU) é uma patologia frequente em todas as idades e grupos de indivíduos. Para um correto diagnóstico desta patologia, vários aspectos laboratoriais devem ser observados, antes de serem concluídos e liberados laudos de positividade. Em relação aos aspectos citados, analise as afirmativas:

I. Em pacientes idosos, achados polimicrobianos não devem ser liberados por se tratarem de colonização, comum nesta faixa etária.
II. A ocorrência de leucocitúria, ou seja, presença de mais de 10 leucócitos/campo no sedimento urinário,confirma positividade para infecções do trato urinário.
III. Crescimento superior a 100.000 UFC (unidades formadoras de colônias) indicam contaminação microbiana.
IV. Escherichia coli é o micro-organismo mais isolado em indivíduos adultos em condições normais de defesa imunológica.
Marque a opção correta:

a) São corretas as afirmativas I e IV, apenas.
b) São corretas as afirmativas II e IV, apenas.
c) São incorretas as afirmativas II e III, apenas.
d) As afirmativas I, II, III e IV são incorretas.

(FUMARC - Pref. Belo Horizonte/MG - Farmacêutico-Biomédico - Análises Clínicas. 2011) A análise eletroforética de proteínas plasmáticas é utilizada para o diagnóstico de determinados processos patológicos como é o caso das gamopatias monoclonais. Em relação a este tipo de análise, observe a veracidade das afirmativas:

I. Resposta imediata que ocorre devido a estresse ou a inflamação por infecção ocasionam aumento de banda na região alfa 2 – hepatoglobinas.
II. Resposta inflamatória tardia pode ser verificada com aumento de gama-globulina, devido a um aumento de imunoglobulinas.
III. Na cirrose hepática há grande aumento nas gama globulinas e diminuição na albumina
IV. Na síndrome nefrótica ocorre perda seletiva de proteínas de baixo peso molecular.
Marque a alternativa correta.

a) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
b) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas.
c) Apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
d) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas.

(FUMARC - Pref. Belo Horizonte/MG - Farmacêutico-Biomédico - Análises Clínicas. 2011) Em relação à pancreatite aguda, pode-se afirmar,exceto:

a) Etiologia: litíase biliar, traumas cirúrgicos, infecções, alcoolismo.
b) Ocorrência de amilasúria e lipasúria.
c) Ocorrência de amilasemia e lipasemia.
d) Elastase reflete melhor o curso da doença por permanecer elevada por período de tempo maior do que amilase e lipase.

(FUMARC - Pref. Belo Horizonte/MG - Farmacêutico-Biomédico - Análises Clínicas. 2011) Hiperlipidemias são modificações no metabolismo dos lipídeos que desencadeiam alterações nas concentrações das lipoproteínas plasmáticas. Estas alterações ocorrerão de acordo com o tipo de disfunção. Leia e relacione a segunda coluna com a primeira:

 Marque a alternativa que corresponda à correlação adequada:

a) 1 – III , 2 – IV , 3 – I , 4 – II.
b) 1 – II, 2 – IV , 3 – I , 4 – III.
c) 1 – I, 2 – IV , 3 – III , 4 – II.
d) 1 – I, 2 – II , 3 – III , 4 – IV.

(FUMARC - Pref. Belo Horizonte/MG - Farmacêutico-Biomédico - Análises Clínicas. 2011) Em relação aos marcadores enzimáticos, informe a patologia que pode ser detectada pela presença exacerbada de referida enzima:


Marque a correlação correta:

a) 1 – II, 2 – III, 3 – IV, 4 – I.
b) 1 – II, 2 – IV, 3 – III, 4 – I.
c) 1 –IV, 2 – II, 3 – III, 4 – I.
d) 1 – IV, 2 – III, 3 – I, IV – II.

(FUMARC - Pref. Belo Horizonte/MG - Farmacêutico-Biomédico - Análises Clínicas. 2011) Um importante marcador de patologias hepáticas é a bilirrubina. Sobre este composto, estão corretas as afirmativas, exceto:

a) São tipos de bilirribina: a direta e a indireta.
b) Eleva-se em casos de lesão hepática, biliar e aumento de destruição de hemácias.
c) É um produto de degradação da globina presente na hemoglobina, quando esta é metabolizada.
d) A bilirrubina delta é fortemente ligada à albumina e por tal motivo pode apresentar-se elevada por maior tempo do que o percurso da lesão hepática, por exemplo.

UPENET/UPE – PROCAPE – Biomédico Bioquímico. 2013) A nefropatia diabética é um termo usado para descrever a combinação de lesões que, com frequência, ocorrem concomitantemente no rim do paciente diabético. Para o seu diagnóstico e acompanhamento, quais exames devem ser realizados?

A) Ureia e creatinina
B) Ureia e microalbuminúria
C) Clearance de creatina e ureia
D) Microalbuminúria e creatinina
E) Clearance de creatinina e microalbuminúria

UPENET/UPE – PROCAPE – Biomédico Bioquímico. 2013) A Sobre os marcadores bioquímicos da função hepática, assinale a opção INCORRETA.

A) As aminotransferases e a desidrogenase lática são indicadores de integridade celular hepática.
B) A síntese de albumina é exclusivamente hepática e seus níveis séricos baixos podem indicar cirrose avançada.
C) O tempo de atividade de protrombina encontra-se alargado em cirróticos com doença avançada.
D) As bilirrubinas são marcadores de colestase, irrelevantes na determinação da função hepática.
E) Nas doenças colestáticas, os níveis séricos da fosfatase alcalina e da Gama-GT encontram-se elevados.

(UPENET/UPE – PROCAPE – Biomédico Bioquímico. 2013) Hemoglobina Glicada ou Glicosilada também abreviada como HbA1c é uma forma de hemoglobina presente naturalmente nos eritrócitos humanos. Sobre a utilização da HbA1c, no monitoramento do paciente diabético), assinale a alternativa CORRETA.

A) É indicada, apenas, no acompanhamento do diabetes mellitus (DM) tipo 2; no DM tipo 1, ocorre uso de insulina, evitando-se a alteração da HBA1c.
B) A determinação da HBA1c é comumente eficiente no rastreamento de pacientes assintomáticos para diabetes.
C) O percentual de hemoglobina glicada no sangue reflete o valor integrado da glicose plasmática de 6-8 meses anteriores à dosagem.
D) O percentual de HBA1c no sangue se eleva em até 100% em pacientes diabéticos com controle irregular.
E) A concentração sanguínea de HBA1c relaciona-se diretamente com a evolução de complicações microvasculares na diabetes.

(IPAD – SESAU/RO – Biomédico. 2003) Ocasionalmente, após cirurgia abdominal ou pélvica, o fluido de drenagem é encaminhado ao laboratório para ser identificado como urina. Quais dosagens são mais utilizadas para este fim?

a) glicose e cetonas;
b) uréia e creatinina;
c) ácido úrico e aminoácidos;
d) proteínas e aminoácidos;
e) cetonas.

(IPAD – SESAU/RO – Biomédico. 2003) Uma amostra de urina com resultado positivo para bilirrubina e resultado negativo para urobilinogênio indica:

a) hemólise intravascular;
b) obstrução no ducto biliar;
c) hepatite;
d) cirrose;
e) pancreatite;

(IPAD – SESAU/RO – Biomédico. 2003) O objetivo da determinação da frutosamina sérica é fornecer:

a) glicemia após uma refeição;
b) glicemia das últimas 12 horas;
c) glicemia das últimas 24 horas;
d) um índice de controle da glicemia ao longo das 9 semanas antes da sua medida;
e) um índice de controle da glicemia ao longo das 3 semanas antes da sua medida.

(IPAD – SESAU/RO – Biomédico. 2003) Geralmente, um pedido de Testes da Função Hepática inclui:

a) Proteínas totais e triglicerídeos;
b) Aminotransferases e lípase;
c) Gama glutamil transpeptidase e Creatina quinase;
d) Bilirrubinas, aminotransferases e fosfatase alcalina;
e) Aminotransferases e amilase


sábado, 1 de novembro de 2014

Exercícios de Concursos sobre Bioquímica Clinica I

(ASPERHS – Pref. São José do Belmonte/PE – 2009) São dosados: I. Colesterol total; II. Colesterol HDL; III. Colesterol LDL; IV. Triglicerídeos
Estão CORRETOS:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, II, III e IV.
d) II e III.
e) II e IV

(ASPERHS – Pref. São José do Belmonte/PE – 2009) Se eleva após o infarto, só que de forma mais discreta que a outra, estando realmente aumentada nas patologias hepáticas, constituindo-se em um importante diferenciador de patologias hepático-cardíacas, já que no caso de problemas cardíacos o aumento é discreto, enquanto que nos problemas hepáticos o aumento é mais substancial. Esta enzima, até pouco tempo atrás, era utilizada por bancos de sangue e clínicas hemoterápicas para o rastreamento de hepatites virais, nas quais ela encontra-se inicialmente aumentada:
a) Transaminase glutâmico-pirúvica (TGP).
b) Transaminase glutâmico-oxalacética (TGO).
c) Fosfatase alcalina.
d) Fosfatase pirúvica.
e) Amilase oxalacética

(FUNCAB – Pref. Anápolis/GO – 2011) Para a determinação da glicemia pós-prandial, a dosagem é feita em sangue colhido:
A) três horas após uma refeição que contenha pelo menos 50 gramas de carboidratos.
B) trinta minutos após uma refeição que contenha, pelo menos, 250 gramas de carboidratos.
C) uma hora após a refeição principal (almoço ou jantar).
D) em jejum de, no mínimo, oito horas.
E) três horas após uma refeição rica em proteínas.

(IADES – EBDERH/HUPES-UFBA – 2014) Quanto à síndrome de Cushing, assinale a alternativa correta.
(A) As concentrações plasmáticas de cortisol durante o dia são bastante variáveis.
(B) As concentrações de cortisol livre na urina de 24 horas estão diminuídas.
(C) As concentrações plasmáticas de cortisol pela manhã são muito baixas.
(D) O teste com baixa dose de dexametasona não provoca supressão de cortisol.
(E) A concentração de dexametasona não interfere na secreção do hormônio corticotrófico.

(IADES – EBDERH/HUPES-UFBA – 2014) Um passo inicial para detectar problemas no fígado é um exame de sangue para determinar a presença de certas enzimas, comumente chamadas de transaminases. Elas incluem a aminotransferase de aspartate (AST) e a aminotransferase de alanine (ALT). Acerca dessas enzimas, assinale a alternativa correta.
(A) Na hepatite aguda em fase inicial, geralmente, as concentrações de ALT estão mais elevadas nas primeiras 24 horas.
(B) A ALT é mais encontrada no citoplasma e nas mitocôndrias.
(C) A dosagem de AST e ALT são mais sensíveis para lesão hepatocelular aguda do que a dosagem de bilirrubinas.
(D) Níveis maiores de ALT sobre AST indicam dano celular profundo.
(E) A AST é encontrada em alta concentração nos hepatócitos e muito pouco em outros tecidos, portanto é considerada específica de lesão hepatocelular.

(AOCP-EBSERH/HU-UFS/SE – 2014) A hemoglobina glicada, também abreviada como Hb A1c, é uma forma de hemoglobina presente naturalmente nos eritrócitos humanos, sendo um exame muito útil para:
(A) diagnóstico de dislipidemias.
(B) monitoramento de pacientes diabéticos.
(C) diagnóstico de anemia ferropriva.
(D) avaliação da função hepática, uma vez que é produzidano fígado.
(E) monitoramento de processos inflamatórios.

(FUNDATEC - Fundação Hospitalar Getúlio Vargas – 2014) Avalie os marcadores de função hepática e estabeleça a correspondência correta entre as colunas.
Coluna 1
1. Bilirrubina.
2. Fosfatase Alcalina.
3. Aspartato Aminotransferase (AST).
4. Alanina Aminotransferase (ALT).
5. Albumina.
Coluna 2
( ) Indicador de cronicidade e gravidade da doença hepática.
( ) Diagnóstico de icterícia, apresenta modesta correlação com a gravidade da doença hepática.
( ) Está aumentada na hepatite alcoólica, cirrose hepática e neoplasia hepática.
( ) A persistência aumentada deste marcador por mais de 6 meses após um episódio de hepatite aguda é usado para diagnosticar hepatite crônica.
( ) Diagnóstico de colestase e lesões que ocupam espaços. A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
A) 5 – 1 – 3 – 4 – 2.
B) 4 – 1 – 3 – 2 – 5.
C) 2 – 1 – 4 – 3 – 5.
D) 3 – 1 – 4 – 5 – 2.
E) 5 – 1 – 4 – 3 – 2.

(AOCP – EBSERH/HU-UFMG, 2014) Assinale a alternativa que apresenta a enzima considerada como um dos melhores marcadores do consumo crônico de álcool e enfermidade hepática.
(A) Creatinina.
(B) Troponina.
(C) Gama – Glutamil transferase.
(D) Creatinofosfoquinase.
(E) Amilase.

(IDECAN - EBSERH/ HUPAA-UFAL, 2014) A concentração das proteínas plasmáticas é determinada por três fatores principais: velocidade de síntese, velocidade do catabolismo e volume de líquido, no qual as proteínas estão distribuídas. Alterações nas concentrações das proteínas plasmáticas podem levar a distúrbios importantes, como hipoproteinemia ou hiperproteinemia. São consideradas causas de hipoproteinemia, EXCETO:
A) Pode ocorrer quando há diminuição do volume plasmático.
B) Pode ocorrer na síndrome nefrótica e glomerulonefrite crônica.
C) Ocorre em casos de desnutrição ou dietas pobres em proteínas.
D) Indivíduos com queimaduras severas podem sofrer de hipoproteinemia devido à perda de proteínas pela pele.
E) Enfermidades hepáticas crônicas diminuem a síntese proteica pelos hepatócitos e podem levar a um quadro de hipoproteinemia.

(IDECAN - EBSERH/ HUPAA-UFAL, 2014) As lipoproteínas plasmáticas transportam essencialmente todo o colesterol e lipídios esterificados no sangue; quatro classes principais de lipoproteínas (quilomícrons, VLDL, LDL e HDL); e, duas lipoproteínas quantitativamente menos importantes (ILDL e Lp(a)). Sobre as lipoproteínas plasmáticas, é correto afirmar que
A) LDL é formado, principalmente, na circulação a partir dos VLDL.
B) VLDL é a partícula mais aterogênica no sangue, uma vez que constitui dois terços do colesterol plasmático.
C) Quilomícrons constituem a principal forma de transporte de triglicerídios exógenos do fígado para os tecidos.
D) LDL e VLDL se referem a partículas pobres em ésteres de colesterol e são removidos da circulação por um mecanismo regulado.
E) ApoB é a principal apolipoproteína constituinte das VLDL e defeitos na síntese de ApoB podem elevar, significativamente, as concentrações plasmáticas dessa lipoproteína.

(IDECAN – EBSERH/HC-UFPE, 2014) As aminotransferases (TGO e TGP) são enzimas que catalisam a transferência reversível de um grupo amino de um aminoácido para o alfacetoglutarato, que é um intermediário do ciclo de Krebs. A partir dessa reação, haverá a formação de ácido glutâmico e do cetoácido correspondente. A alanina aminotransferase (TGP) transforma alanina em:
A)   piruvato.
B)   succinato.
C)   aspartato.
D)   oxaloacetato.
E)   Alfacetoglutarato.

(MSCONCURSOS – Pref. Itaporã/MG – 2014) A maioria das reações químicas que ocorrem nos organismos vivos é catalisada pelas enzimas. Sobre as enzimas e suas principais funções, relacione a primeira com a segunda coluna.

Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, da segunda coluna.
a) 2, 1, 3 e 4.
b) 3, 4, 2 e 1.
c) 3, 1, 2 e 4.
d) 3, 4, 1 e 2.

(MSCONCURSOS – Pref. Itaporã/MG – 2014) Grupo de enzimas procedentes de uma espécie animal, capaz de catalisar as mesmas reações químicas, frente ao mesmo substrato específico, possuindo, no entanto, estruturas proteicas e propriedades físicas diferentes.
Assinale a alternativa com o nome desse grupo:
a) Isoenzimas.
b) Apolipoproteínas.
c) Aldolase.
d) Carboidratos

(MSCONCURSOS – Pref. Itaporã/MG – 2014) Sobre a enzima amilase e sua determinação, é incorreto afirmar:
a) Valores diminuídos são encontrados no carcinoma da cabeça do pâncreas, úlcera duodenal, insuficiência renal e hipertireoidismo.
b) A amilase sérica ou urinária permanece estável por uma semana à temperatura ambiente.
c) Valores diminuídos são encontrados na cirrose hepática, hepatite e alcoolismo agudo.
d) A amilase pode ser determinada no soro, urina e outros líquidos biológicos e utiliza iodo como reativo.

(AOCP – EBSERH/HU-UFMS, 2014) Assinale a alternativa que aponta uma importante função da molécula Albumina.
(A) Principal carreador de porfirina.
(B) Ativação dos macrófagos.
(C) Carregar oxigênio para os tecidos.
(D) Permitir a entrada de glicose para dentro da célula.
(E) Manutenção da pressão osmótica.

(AOCP – EBSERH/HU-UFMS, 2014) A enzima que é secretada pelas glândulas salivares e pâncreas e que possui importante papel no diagnóstico de enfermidades pancreáticas é:
(A) Troponina.
(B) Insulina.
(C) Amilase.
(D) CK – MB.
(E) Fosfatase alcalina.

(FUNCAB – SESACRE, 2014) Nas análises bioquímicas de rotina, é usualmente requisitado pelo médico o perfil lipídico, um teste denominado Lipidograma. Fazem parte deste as seguintes provas:
A) lipídeos parciais e totais.
B) colesterol total, HDL, LDL, VLDLe triglicerídeos.
C) lipidograma total, colesterol HDL, LDL, VLDL e triglicerídeos.
D) análise de LPS, albumina, bilirrubinas e colesterol total e triglicerídeos.
E) TGO, TGP, colesterol e triglicerídeos.

(FUNCAB – SESACRE, 2014) Em relação à função hepática, analise os biomarcadores abaixo e assinale a(s) alternativa(s) que aponta(m) quais provas bioquímicas são utilizadas de forma mais precisa neste diagnóstico.
I. Bilirrubinas totais, diretas e indiretas.
II. Transaminases glutâmicas pirúvicas e oxalacéticas (TGP e TGO, respectivamente).
III. Níveis de ácido úrico.
IV. Fosfatase Alcalina.
V. Tempo de Protombina Ativada.
A) Apenas os exames do item I fazem parte do hepatograma.
B) Apenas os exames dos itens I e II fazem parte do hepatograma.
C) Apenas os exames dos itens I, II, IV e V fazem parte do hepatograma.
D) Apenas os exames dos itens I, II, e III fazem parte do hepatograma.

(AOCP – EBSERH/HU-UFGD, 2014) Homem de 56 anos, etilista há 10 anos, chega ao hospital com vômito, dor epigástrica, perda de peso, febre e desconforto abdominal ao ingerir alimentos. Devido à alta ingestão alcoólica, o médico suspeitou de cirrose e solicitou prova de função hepática. Assinale a alternativa que aponta os exames realizados neste caso.
(A) Dosagem de Glicose, Amilase, LDH, Bilirrubinas e CK.
(B) Dosagem de Transaminases, LDH, Bilirrubinas e Troponina.
(C) Dosagem de Amilase, CK, CK – MB, Bilirrubinas e Troponina.
(D) Dosagem de transaminases, Bilirrubinas, Fosfatase alcalina e Gama – GT.
(E) Dosagem de Fosfatase alcalina, CK, CK – MB e Glicose

(Gestão de Concursos – Pref. Brumadinho/MG – 2013) A enzima Alanina Aminotransferase (ALT ou TGP) é uma enzima presente nos hepatócitos, que aumenta drasticamente em lesões hepáticas agudas, como na hepatite viral ou na overdose com paracetamol. A enzima Aspartato Aminotransferase (AST ou TGO) eleva-se em doenças hepáticas, cardíacas e musculares”. Em algumas situações clínicas agudas ocorre elevação predominante da enzima TGO sobre a TGP, embora esta última seja considerada melhor marcadora de fase aguda. Assinale a alternativa que explica CORRETAMENTE a razão do aumento predominante de TGO sobre TGP em algumas doenças agudas.
A) A enzima TGO também está presente nas hemácias, músculo esquelético e cardíaco, o que justifica seu aumento predominante em eventos agudos. Embora essa enzima esteja aumentada na lesão hepática aguda, ela não é considerada específica para o fígado e, nesse caso, a TGP aparece como melhor marcadora de fase aguda.
B) A enzima TGO é específica hepática, o que justifica seu aumento predominante sobre TGP em algumas doenças agudas. Os níveis de TGO no plasma aumentam em grandes obstruções do ducto biliar, o que torna essa enzima melhor marcadora de fase aguda.
C) A enzima TGO aumenta nos casos de infecção, febre e desidratação, o que justifica seu aumento predominante na dengue aguda. Nesses casos, a relação TGO/TGP perde sua capacidade de diferenciação para as causas da lesão hepatocelular.

D) A elevação predominante de TGO sobre TGP em algumas doenças agudas pode ser explicada pela contribuição da fração mitocondrial desta enzima (AST mitocondrial).

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Estudo de Casos Clínicos - Gasometria


CASO 1.
Paciente de 30 anos chega ao Setor de Emergência em estado de coma, apenas respondendo aos estímulos dolorosos. Sua respiração é superficial e com frequência normal. Familiares encontraram próximo a ela diversas caixas de tranquilizantes vazias. Gasometria arterial: pH= 7,20; PaCO2= 80mmHg; BR= 23 mM/L; BE= -1,2.
a)      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
b)      Causa mais provável?
c)       Exames a serem solicitados e tratamento?
Respostas: Como o pH está menor que 7,35 trata-se de uma acidose. A PaCO2 maior que 45 mmHg mostra que existe um importante componente respiratório. O BR normal mostra que não há compensação metabólica. Portanto o distúrbio ácido-básico é acidose respiratória aguda. O mecanismo do distúrbio nesta paciente é a diminuição da eliminação de CO2 por redução da ventilação alveolar; insuficiência respiratória aguda, tipo hipoventilação. A causa provável, em função da história, é depressão do centro respiratório por excesso de tranquilizantes. Dois outros exames a serem solicitados são: 1 - radiografia de tórax a fim de verificar se não há outras causas para o distúrbio ou a complicação mais frequente em intoxicações deste tipo - pneumonia por aspiração de conteudo gástrico; 2 - Análise toxicológica no sangue para confirmar o tipo de medicamento ingerido e orientar o tratamento definitivo. Neste caso o tratamento inicial é o suporte da vida: estabelecer vias aéreas permeáveis através de intubação traqueal e normalizar a ventilação alveolar com uso de ventiladores mecânicos. Só então indica-se a lavagem gástrica para retirada de resíduos de medicamentos. Dependendo do(s) agente(s) ingerido(s) o tratamento definitivo pode se dirigir para o uso de antagonistas específicos, para retirada do agente do organismo através de hemofiltração ou diálise ou simplesmente aguardar a metabolização, mantendo o suporte ventilatório.
CASO 2.
Após 24 horas de tratamento no CTI, a paciente do caso 1 ainda se encontra torporosa e submetida à ventilação artificial. Gasometria arterial: pH= 7,52; PaCO2= 26 mmHg; BR= 25,6 mM/L; BE= +1,2.
a)      Qual (is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
b)      Causa provável e o tratamento?
Resposta: Como o pH está maior que 7,45, trata-se de uma alcalose. A PaCO2 está menor que 35 mmHg, sugerindo um componente respiratório. O BR normal mostra não haver componente metabólico, nem tentativa de compensação. Em função disto o distúrbio acidobásico é alcalose respiratória aguda. O mecanismo mais provável neste caso é ventilação alveolar excessiva, que aumenta a eliminação de CO2, embora a diminuição da produção de CO2 pelo organismo também tenha que ser considerada, com uso de tranquilizantes potentes. A causa mais provável é a regulagem inadequada do ventilador mecânico, gerando ventilação alveolar muito elevada. O tratamento se baseia no ajuste do ventilador, usando volume corrente em torno de 7 - 8 mL/kg e frequência respiratória entre 8 e 12 por minuto. Caso ainda persista a alcalose, pode-se adicionar espaço morto entre o ventilador e a via aérea da paciente.
CASO 3.
Paciente de 50 anos chega ao Setor de Emergência torporoso, desidratado, com respiração profunda, pausa inspiratória e aumento da frequência respiratória. Ao exame clínico nota-se hálito cetônico. Gasometria arterial: pH= 7,10; PaCO2= 20 mmHg; BR= 5 mM/L; BE= -18.
a)      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
b)      Causa, outros exames a serem solicitados e tratamento?
Resposta: A análise do pH muito menor que 7,35 sugere acidose importante. A PaCO2 menor que 35 mmHg exclui causa respiratória, sugerindo ao contrário, ser uma compensação. O BR muito baixo confirma ser de origem metabólica. O distúrbio é uma acidose metabólica com tentativa de compensação respiratória. Este padrão gasométrico e o exame clínico são típicos de pacientes diabéticos descompensados com cetoacidose. Nestes casos há uma grande produção de ácidos fixos - cetoácidos - responsáveis pelo enorme consumo de bicarbonato e pelo hálito cetônico. A acidose é primariamente metabólica e ativa o centro respirátorio bulbar que, tentando normalizar o pH, aumenta a ventilação alveolar eliminando CO2 em excesso, mas sem conseguir compensar o distúrbio. Se não houvesse a participação respiratória, o pH estaria muito mais baixo.Outros exames importantes neste caso são: glicemia, glicosúria, cetonúria e dosagem de eletrólitos no sangue, principalmente potássio e fosfato.O tratamento visa a correção da causa, ou seja, reduzir a produção de cetoácidos através da utilização da glicose pelo metabolismo, fornecendo-se insulina ao paciente. Esta deve ser feita inicialmente por via venosa começando com 0,15 U/kg em bolo e mantendo-se infusão contínua de 0,1 U/kg/h com controle glicêmico frequente. Paralelamente e igualmente importante é a reidratação do paciente com volumes generosos de soro fisiológico com potássio e fosfato. Este é um dos casos de acidose metabólica em que o bicarbonato de sódio somente é necessário quando o baixo nível de pH coloca a vida do paciente em risco (abaixo de 7,00).
CASO 4.
Atleta de 20 anos está sendo submetido à avaliação funcional respiratória em repouso. Após ser colhida amostra de sangue arterial, verifica-se que o analisador de gases sanguíneos está com defeito e leva-se a amostra a outro laboratório. Gasometria arterial: pH= 7,30; PaCO2= 50 mmHg; BR= 19 mM/L; BE= -3,5.
a)      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
b)      Causa provável e conduta?
Resposta: O pH menor que 7,35 indica acidose. A PaCO2 maior que 45 mmHg sugere componente respiratório. O BR menor que 22 aponta para causa metabólica. O distúrbio ácido-básico é acidose mista (respiratória e metabólica). Por se tratar e pessoa assintomática, com bom preparo físico e em repouso não se espera nenhuma alteração ácido-básica. A história sugere demora no processamento da amostra, o que pode ter permitido a produção de CO2 e de ácidos fixos pelas células do sangue, principalmente pelos leucócitos, alterando o resultado do exame. Nos casos em que a amostra não puder ser rapidamente analizada, sugere-se guardá-la e transportá-la em recipiente térmico com gelo, para reduzir a atividade metabólica do sangue.
CASO 5.
Paciente jovem chega ao Centro Cirúrgico com história de traumatismo abdominal há duas horas. No local do acidente foi encontrado lúcido, hipocorado e com sinais de choque hipovolêmico. Foi reposto rapidamente com solução fisiológica, albumina humana e bicarbonato de sódio. Chegou à Emergência estável e equilibrado, o que permitiu avaliação adequada e pronta indicação cirúrgica. Gasometria arterial: pH= 7,55; PaCO2= 35 mmHg; BR= 32 mM/L; BE= +5,8.
a)      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
Resposta: O pH está maior que 7,45 configurando alcalose. A PaCO2 está normal, mostrando não haver componente respiratório. O BR está aumentado, indicando componente metabólico. O distúrbio acidobásico é alcalose metabólica pura. Nos casos de choque hipovolêmico a alteração acidobásica esperada é acidose metabólica com compensação respiratória devida à hipoperfusão sistêmica levando a metabolismo celular anaeróbico. Quando se restaura a perfusão com reposição volêmica adequada, ocorre rápida normalização acidobásica. Neste caso houve desnecessária administração de bicarbonato de sódio, o que acarretou excesso de bicarbonato circulante que, enquanto não for eliminado pelos rins leva à alcalose metabólica. Neste distúrbio normalmente não há compensação respiratória. Não há necessidade de nenhuma conduta terapêutica, a não ser manter perfusão renal adequada para permitir a eliminação do excesso de base.
CASO 6.
Paciente de 23 anos está no CTI com quadro de choque sético consequente a peritonite e insuficiência respiratória grave, tipo síndrome de angústia respiratória aguda (SARA) em fase avançada. Suporte circulatório com aminas vasoativas, reposição de volume e suporte respiratório com ventilador mecânico estão sendo empregados. Gasometria arterial: pH= 7,21; PaCO2= 54 mmHg; BR= 19 mM/L; BE= -6,5.
a.       Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s), mecanismos e conduta?
Resposta: O pH menor que 7,35 indica acidose. A PaCO2 maior que 45 mmHg sugere componente respiratório. O BR menor que 22 mM/L sugere componente metabólico. O distúrbio acidobásico é acidose mista (respiratória e metabólica). Nos casos de choque circulatório, as células do organismo não recebem a quantidade de oxigênio necessária ao seu metabolismo, transformando-o em anaeróbico, o que causa acúmulo de ácido láctico (ácido fixo). Este é o mecanismo do componente metabólico desta acidose. Na SARA só costuma ser observada retenção de CO2, responsável pelo componente respiratório nas fases mais avançadas, quando a complacência pulmonar está muito diminuída ou quando se usa a técnica de hipercapnia permissiva. Esta é uma técnica ventilatória em que se empregam pequenos volumes correntes (3-5 mL/kg) para evitar lesão pulmonar pelo ventilador, comum nesta síndrome.A conduta quanto à parte metabólica é melhorar ao máximo a perfusão para normalizar o metabolismo, utilizando o tipo de suporte já empregado e lançando mão do bicarbonato de sódio apenas em níveis muito baixos de pH (menor que 7,20) ou quando a acidose estiver impedindo o funcionamento das aminas. Quanto à parte respiratória, se for necessário normalizar a PaCO2, será preciso aumentar a ventilação alveolar.
CASO 7.
Paciente de 70 anos em pós-operatório de cirurgia abdominal queixa-se de câimbras e prostração. Ao exame clínico minucioso observam-se abalos musculares e drenagem elevada pela sonda nasogástrica (2.000mL/24 h). Gasometria arterial: pH= 7,62; PaCO2= 40 mmHg; BR= 36 mM/L; BE= +8,0.
A.      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
B.      outros exames importantes e conduta?
Resposta: O pH maior que 7,45 indica alcalose. A PaCO2 normal exclui componente respiratório. O BR aumentado sugere componente metabólico como o responsável. O distúrbio é alcalose metabólica pura. Quando ocorre drenagem alta pela sonda gástrica ocorre grande perda de ácido, potássio e cloreto, componentes do suco gástrico. Ocorre alcalose metabólica por perda de ácido fixo, elevação do bicarbonato secundária à perda de cloreto (para manter a eletroneutralidade) e perda de potássio causando dor muscular. Alcalose reduz os níveis de cálcio ionizado, ocasionando contraturas musculares.
CASO 8.
Criança de 7 anos chega ao hospital com história de redução do volume urinário e edema de membros inferiores. Há história prévia de vários episódios de amigdalite. Gasometria arterial: pH= 7,30; PaCO2= 28 mmHg; BR= 18 mM/L; BE= -6,5.
A.      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
B.      Causa e conduta?
Resposta: O pH menor que 7,35 indica acidose. A PaCO2 menor que 35 mmHg, sugere que a causa da acidose não seja respiratória e que haja tentativa de compensação. O BR diminuido sugere que a causa seja metabólica. O distúrbio é acidose metabólica com compensação respiratória parcial. Neste caso há dificuldade de eliminação pelos rins de ácidos fixos produzidos pelo metabolismo. A redução de pH estimula o centro respiratório, aumenta a ventilação alveolar e reduz a PaCO2, tentando normalizar o pH. A causa da alteração nesta criança é insuficiência renal aguda, secundária a provável glomerulonefrite aguda de etiologia estreptocócica.
CASO 9.
Paciente de 80 anos com septicemia secundária a pneumonia de aspiração está sendo ventilada artificialmente. Ocorre queda súbita do nível de consciência sugestiva de acidente vascular cerebral. Gasometria arterial: pH= 7,42; PaCO2= 36 mmHg; BR= 27,6 mM/L; BE= +1,3.
A.      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
B.      Qual a melhor conduta?
Resposta: O pH é normal, bem como a PaCO2 e o BR. Não há distúrbio acidobásico. O exame é normal. Embora seja uma paciente muito grave e instável, seu quadro acidobásico está sendo mantido normal pelo suporte oferecido. O exame em nada contribuiu para a avaliação do episódio agudo.
CASO 10.
Paciente de 65 anos, fumante, procura o ambulatório queixando-se de dispnéia, cansaço e tosse acompanhada por secreção clara. O exame clínico revela aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax, baqueteamento digital e alguns sibilos esparsos. Gasometria arterial: pH= 7,40; PaCO2= 58 mmHg; BR= 34 mM/L; BE= +7,2.
A.      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
B.      Possível causa e conduta?
Resposta: O pH é normal. A PaCO2 está elevada indicando acidose respiratória. O BR também está elevado indicando alcalose metabólica. Em função da história e do exame físico o diagnóstico é acidose respiratória com compensação metabólica completa. Neste caso o distúrbio inicial foi a retenção de CO2 pela doença pulmonar. Face à sua cronicidade, os rins baixaram seu limiar de reabsorção de bicarbonato a fim de normalizar o pH, conseguindo com uma alteração secundária compensar totalmente a primária. A causa dos distúrbios é a doença pulmonar obstrutiva crônica que inclui enfisema e bronquite crônica, levando a alterações de trocas gasosas pelos pulmões que ativam alterações renais, hematológicas, cardíacas, ósseas etc. A conduta, neste caso, é dirigida à causa e não ao distúrbio acidobásico.
CASO 11.
O paciente anterior (caso 10) apresentou, após dois meses, quadro de tosse produtiva, secreção amarelada e febre. A dispnéia piorou, fazendo com que fosse levado à Emergência. Gasometria arterial: pH= 7,20; PaCO2= 75 mmHg; BR= 30 mM/L; BE= +5,0.
A.      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s)?
B.      Causa e conduta?
Resposta: O pH muito reduzido indica acidose. A elevada PaCO2 evidencia componente respiratório. O BR, embora elevado, não é mais suficiente para compensar completamente o desequilíbrio primário. O distúrbio é acidose respiratória com tentativa de compensação metabólica. Neste caso aumentou muito a dificuldade de eliminação de CO2, acumulando ácido carbônico e reduzindo muito o pH. A retenção renal de bicarbonato já não é suficiente para normalizar o pH. A causa provável é pneumonia, descompensando a insuficiência respiratória crônica deste paciente, levando-o à agudização.
CASO 12.
Paciente em pós-operatório de cirurgia de aneurisma de aorta abdominal desenvolveu insuficiência renal aguda. Embora estável do ponto de vista hemodinâmico e respiratório, está dependente de hemodiálise em dias alternados. Avaliações acidobásicas diárias mostram acidose metabólica compensada. A última gasometria arterial foi: pH= 7,14; PaCO2= 30 mmHg; BR= 19 mM/L; BE= -2,5.
A.      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
B.      Possível conduta?
Resposta: O pH está extremamente baixo, sugerindo acidose metabólica grave. A PaCO2 está levemente diminuida, sugerindo tentativa de compensação respiratória. O BR está levemente diminuido, revelando pequeno déficit de bicarbonato. Os dados do exame são incompatíveis entre si, sugerindo erro na sua realização. A gasometria deve ser repetida.
CASO 13.
Paciente de 55 anos com infarto agudo do miocárdio está na Unidade Coronariana em choque cardiogênico. Apesar de suporte farmacológico com dobutamina, dopamina e adrenalina, a perfusão é inadequada, apresentando extremidades frias, cianose periférica, anúria e sonolência. Gasometria arterial: pH= 7,10; PaCO2= 35 mmHg; BR= 12 mM/L; BE= -15.
A.      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
B.      Causa e conduta?
Resposta: O pH baixo sugere acidose grave. A PaCO2 está normal não havendo alteração respiratória. O BR está baixo indicando distúrbio metabólico. O distúrbio é acidose metabólica sem tentativa de compensação. O mecanismo da acidose metabólica é o mesmo dos outros tipos de choque; metabolismo celular anaeróbico com acúmulo de ácido láctico e dificuldade de eliminação de ácidos fixos em decorrência da hipoperfusão renal.
CASO 14.
Paciente de 17 anos chega à Emergência sem falar, apresentando batimento palpebral e frequência respiratória de 50 incursões por minuto. Gasometria arterial: pH= 7,63; PaCO2= 18 mmHg; BR= 26 mM/L; BE= -5,9.
A.      Qual(is) o(s) distúrbio(s) acidobásico(s) apresentado(s)?
B.      Causa e conduta?
Resposta: O grande aumento do pH indica alcalose. A PaCO2 reduzida sugere componente respiratório. O BR é normal, não indicando alteração metabólica. O distúrbio é alcalose respiratória pura. O mecanismo é hiperventilação de origem central aumentando muito a eliminação de CO2, reduzindo a paCO2 e aumentando o pH.
CASO 15.
Paciente com Leptospirose, 76 anos, evolui para insuficiência renal. Possui uma gasometria com pH=7,16; pCO2= 31 mmHg; HCO3= 14 mEq/L.
A.      Qual o distúrbio acidobásico apresenta?
B.      Possível tratamento?
Resposta: Acidose Metabólica devido a insuficiencia Renal na reabsorção de HCO3. Tentativa de compensação por hiperventilação ou alcalose respiratória, ↓pCO2. Tratamento: reposição de bicarbonato reduz taquipnéia.

CASO 16.
Paciente de 48 anos, miocardiopatia chagásica, queixa de falta de ar, dispnéia, ausculta pulmonar com estertores creptantes que começam na base até terço médio. Possui a seguinte gasometria: pH= 7,36; pCO2= 33 mmHg; HCO3= 22 mEq/L.
A.      Qual o tipo de alteração gasométrica?
B.      Causa?
C.      O que fazer para reduzir o problema?
Resposta: Baixa pO2 (hipoxemia) e pCO2 (hipocapnia). Edema agudo do pulmão devido à miocardiopatia que provoca insuficiência cardíaca, com acúmulo de sangue nas veias pulmonares, vênulas e capilares, provocando aumento de pressão nestes vasos e saída de líquido para o alvéolo. As trocas gasosas estão comprometidas e o paciente entra em taquipnéia devido a baixa pO2 (que estimula quimiorreceptores do arco aórtico), ocorrendo maior liberação de CO2. Administrar diurético, nitrato (vasodilatador).
CASO 17.
Paciente DPOC, enfisematoso,pneumonia. Apresentando gasometria de ph= 7,41; pCO2= 80 mmHg; HCO3= 39 mEq/L.

A.      Qual o possível disturbio acidobasico?
B.      Qual o tratamento?

Resposta: Acidose respiratória compensada por excesso de bicarbonato pelo rim (alcalose metabólica). O tratamento é hiperventilação mecânica.

Após ventilação mecânica o paciente DPOC apresentou a seguinte gasometria: pH = 7,5; pCO2= 29 mmHg; HCO3 = 31 mEq/L

A.      Qual o possível disturbio acidobasico?
B.      Qual o tratamento?

Resposta: Hipocapnia, provoca alcalose respiratória. Alto bicarbonato provoca alcalose metabólica. Portanto o paciente está em alcalose mista. Tratamento: diurético e ventilação.

CASO 17.

Paciente com 26 anos, tentaiva de suicídio por intoxicação de tricíclicos (anti-depressivo), familia leva o paciente até o hospital onde é encaminhado imediatamente a emergencia. Após realizar a gasometria o paciente apresenta seguintes valores: pH = 7,1; pCO2 = 61 mmHg; HCO3 = 24 mEq/L.

A.      Qual o disturbio apresentado por este paciente?
B.      Qual o tratamento?

Resposta: Acidose respiratória devido ao alto pCO2, pois os tricíclico são depressores respiratório. Tratamento: hiperventilação

CASO 18

Paciente de pós-operatório de cirurgia abdominal, ainda fazendo uso de sonda nasogastrica, possui a seguinte gasometria: pH = 7,44; pCO2 = 51 mmHg; HCO3 = 28 mEq/L.

A.      Qual o disturbio apresentado por este paciente?
B.      Qual o tratamento?

Resposta: Alcalose metabólica compensada por acidose respiratória. Perdeu H+ pela sonda. Tratamento: pró-cinético aumenta motilidade do trato digestório.

CASO 19

Em um recém-nascido prematuro (com menos de sete meses de gestação) com indícios de colabamento dos alvéolos encontrou-se os seguintes dados de laboratório: pH= 7,12; pCO2= 60 mmHg; HCO3= 35 mEq/L.

A.      Que disturbio acidobásico acomete esta criança?
B.      Qual a provável patologia?

Resposta: Acidose respiratória, sua provável patologia é Membrana Hialina.

CASO 20

Paciente apresentando a seguinte gasometria: pH= 7,50; pCO2= 20 mmHg; HCO3= 16 mEq/L.

A.      Qual o disturbio apresentado por este paciente? 

Resposta: Alcalose Respiratória parcialmente compensada.